Calado, Jorge
Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2014
A ciência é infinda, mas limitada. Alguns
limites são internos: as regras, leis, princípios, teoremas, etc., que a
própria ciência produz. Outros, impostos pelas técnicas e instrumentos de
medida, são provisórios. A língua (matemática) e a linguagem científicas também
podem ser obstáculos à comunicação. Os verdadeiros limites da ciência são,
porém, de natureza ética, política, económica e financeira. Neste ensaio são
analisados os quatro CC da ciência: o seu carácter (nomeadamente a
serendipidade da descoberta científica), as crises causadas pela censura e pelo
mau comportamento científico (erro, plágio, fraude), o papel do capital
(financiamento e administração da ciência) e as catástrofes (naturais, como a
erupção da Krakatoa, em 1883; ou devidas a falha humana, como Bhopal, Chernobyl
e Golfo do México). São também discutidas as ameaças vinda do espaço, os
sobressaltos do bioterrorismo e das nanotécnicas e o destino do lixo nuclear.
Numa época em que a guerra se trava já no ciberespaço, o leitor é alertado para
os perigos latentes da (super)inteligência artificial.
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